Encontro Regional Pré-COP30 Reúne Quebradeiras de Coco no Maranhão: Fortalecendo Direitos e Sustentabilidade

Evento em Imperatriz Foca em Direitos e Sustentabilidade

O Maranhão, junto a outros três estados da Amazônia — Piauí, Pará e Tocantins —, foi o cenário do Encontro Regional das Quebradeiras de Coco Babaçu, realizado nesta quinta-feira (16), em Imperatriz. Este evento faz parte do projeto intitulado ‘Defensorias nos Babaçuais – Acesso à Justiça e Defesa dos Direitos das Mulheres Quebradeiras de Coco’, que se insere na agenda preparatória para a COP30. A conferência da ONU sobre mudanças climáticas ocorrerá em novembro, em Belém (PA).

A secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Eutália Barbosa, esteve presente e ressaltou a relevância de discutir alternativas que assegurem e ampliem os direitos das quebradeiras de coco, especialmente em um contexto de emergência climática. ‘Enquanto globalmente se debate a emergência climática, é essencial pensarmos em formas de garantir direitos e acesso a essas mulheres. As quebradeiras de coco representam ancestralidade, simbolizando uma relação profunda com o meio ambiente e a preservação cultural’, afirmou Eutália.

O Ministério das Mulheres destinou recursos para a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), que é responsável pela execução deste projeto de apoio ao evento. ‘É crucial que as instituições públicas se comprometam com essas mulheres que contribuem tanto para a sociedade. Este espaço representa uma construção coletiva, onde se busca escutar e garantir direitos fundamentais para as mulheres quebradeiras de coco’, declarou Eutália Barbosa.

Diálogo Contínuo com o Governo

O encontro em Imperatriz é um desdobramento das ações do governo federal em prol das quebradeiras de coco. Em julho, durante a “Pré-COP: Diálogo com as Mulheres”, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, recebeu uma carta contendo as demandas apresentadas por quebradeiras de coco e representantes de comunidades tradicionais. Esse documento inclui reivindicações críticas como a garantia de territórios, acesso a políticas públicas e o reconhecimento da importância das quebradeiras na preservação ambiental e na promoção da justiça social.

Esse tipo de diálogo é fundamental para que as necessidades e direitos das quebradeiras de coco sejam considerados nas políticas públicas. O evento representa um passo significativo nessa direção, ampliando a visibilidade e conscientização sobre a relação dessas mulheres com a natureza e suas lutas legítimas por dignidade e reconhecimento.

No contexto atual, questões ambientais são cada vez mais urgentes, e o papel das quebradeiras de coco se torna central nesse debate. Elas não apenas cuidam do meio ambiente, mas também são protagonistas na luta por direitos sociais e econômicos, essencial para o fortalecimento das comunidades tradicionais.

Estudantes do Maranhão, por sua vez, também se movimentam e enviaram cartas para a COP30, abordando os desafios ambientais. Essas iniciativas mostram que há uma mobilização crescente em torno da sustentabilidade e da justiça social.