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    Cultura

    Quebradeiras de Coco Babaçu Debatem Justiça Climática e de Gênero em Encontro Regional

    admin_nova_imperatrizBy admin_nova_imperatriz18 de outubro de 2025Nenhum comentário4 Mins Read
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    Evento reúne mulheres de Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins para discutir direitos e preservação ambiental

    Justiça Climática e Gênero em Foco

    “Ei, não derrube essas palmeiras! Ei, nos devolva os palmeirais!” Esse refrão, cantado com fervor, ressoa nas vozes das quebradeiras de coco babaçu das regiões do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins. As participantes se reuniram em Imperatriz (MA) para o encontro que aborda questões de justiça climática, ambiental e de gênero. Este evento marca a etapa regional do projeto “Defensorias nos Babaçuais – Acesso à Justiça e Defesa dos Direitos das Mulheres Quebradeiras de Coco”, que teve início no último dia 16, na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), e se estende até hoje, 17.

    A iniciativa é promovida pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), em colaboração com o Núcleo Especializado de Defensoria Pública Agrária e Ambiental (DPagra), além das Defensorias Públicas dos Estados do Maranhão (DPE-MA), Pará (DPE-PA) e Piauí (DPE-PI), juntamente com o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). O objetivo é garantir atendimento jurídico integral e gratuito para as mulheres quebradeiras de coco babaçu e suas famílias, além de fomentar educação em direitos e discussões sobre justiça climática e de gênero.

    Empoderamento da Juventude nas Lutas Sociais

    Leia também: Reunião do Ministério Público em Alagoas Destaca a Defesa dos Direitos Humanos e Transformação Social

    Fonte: alagoasinforma.com.br

    Leia também: Audiência Pública Discute Dignidade Menstrual para Presas em Minas Gerais

    Fonte: soudebh.com.br

    Durante o evento, mesas-redondas proporcionaram momentos de fala e escuta para as quebradeiras de coco babaçu e suas famílias, habitantes dos babaçuais. Antonio José, jovem de 19 anos e neto de quebradeira de coco da comunidade Cutias, no norte do Piauí, ressaltou a importância da participação da juventude: “É fundamental que a juventude esteja presente em espaços como este. Nós somos o futuro e podemos fortalecer o movimento, pois quanto mais vozes, melhor.”

    Esse sentimento é compartilhado por muitos. Antonio, que carrega a história de luta de sua família, expressou seu desejo de dar voz àquelas que foram silenciadas: “Venho de uma família de luta. Enquanto neto e filho de quebradeiras de coco, sei que elas não tiveram as oportunidades que eu tenho hoje. Meu objetivo é levar adiante as vozes delas, que muitas vezes são esquecidas.”

    Espaço de Escuta e Reconhecimento

    Leia também: Semana do Conhecimento UFMG 2025: Ciência, Cultura e Inclusão em Belo Horizonte

    Fonte: curitibainforma.com.br

    A vice-coordenadora-geral do MIQCB, Ednalva Ribeiro, enfatizou a relevância do espaço proporcionado pelo projeto: “Esse momento com a Defensoria Pública é crucial. Estávamos cansadas de falar para nós mesmas. Esta iniciativa é uma oportunidade para que sejamos ouvidas e nossas reivindicações sejam compreendidas. Precisamos de apoio para combater as violências que enfrentamos nos quatro estados, especialmente em relação à derrubada e envenenamento do babaçu.” Ednalva expressou esperança de que a atividade produza resultados efetivos, afirmando: “Não se trata apenas de reivindicar, mas de sermos atendidas.”

    Debates em Favor dos Direitos das Quebradeiras

    No decorrer do encontro, diversos temas essenciais foram abordados nas mesas-redondas, como: “Direito Achado nos Babaçuais: Vozes e Lutas das Quebradeiras de Coco por Justiça de Gênero, Territorial, Climática e Ambiental”; “Incidência Política e Controle Social: Fortalecendo Nossas Vozes”; “Babaçu Livre e Território: Garantindo Nossos Direitos”; e “Ação e Intervenção Diante do Estado: Defendendo Nossos Direitos.”

    Representando o Tocantins, participaram ativamente da programação a defensora pública Kênia Martins, idealizadora do projeto e coordenadora do DPagra, além das defensoras públicas Franciana di Fátima Cardoso Costa, Débora da Silva Sousa e Elydia Leda Barros Monteiro.

    Um Encontro com Olhar na COP 30

    Kênia Martins destacou que esta etapa regional, realizada em Imperatriz, é um ponto culminante do “Defensorias nos Babaçuais”, incorporando atividades e debates que se alinham com a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, programada para ocorrer em Belém (PA) no próximo mês. O encontro reflete a urgência de discutir e promover justiça climática e de gênero, temáticas que são essenciais para o futuro das quebradeiras de coco e das comunidades que dependem dos babaçuais.

    direitos humanos justiça climática justiça de gênero quebradeiras de coco babaçu
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