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    Agronegócio

    Agricultura Regenerativa: Benefícios para o Solo e Casos de Sucesso em Evento

    admin_nova_imperatrizBy admin_nova_imperatriz21 de outubro de 2025Nenhum comentário5 Mins Read
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    Entenda como a agricultura regenerativa transforma o solo e gera resultados sustentáveis a longo prazo.

    Transformação Sustentável no Campo

    A agricultura regenerativa está ganhando destaque como uma abordagem inovadora para melhorar a saúde do solo e aumentar a produtividade no campo. Apesar dos benefícios evidentes, muitos produtores estão cientes de que os resultados não aparecem de imediato. Assim, a transição para esse modelo deve ser gradual e acompanhada de assistência técnica.

    De acordo com especialistas do setor, o acesso ao crédito é um fator crucial para facilitar a adoção desse método sustentável. Paula Curiacos, gestora da Fazenda Três Meninas Cafés Especiais em Monte Carmelo, Minas Gerais, compartilhou sua experiência ao longo de nove anos de mudanças na propriedade. Com um aumento nos custos e um aumento na incidência de pragas, o casal Curiacos decidiu reverter a situação através da regeneração do solo.

    “Resgatamos conceitos básicos da agronomia, priorizando a biodiversidade do solo para criar um ambiente mais equilibrado e resiliente. Incorporamos a ciência e a colaboração, abrindo nossa fazenda para parcerias com institutos de pesquisa e universidades”, explicou Paula durante o Summit sobre Agricultura Regenerativa.

    Resultados Atingidos com Menos Químicos

    A Fazenda Três Meninas implementou as mudanças de forma gradual, com destaque para a diminuição do uso de defensivos químicos. Essa estratégia não apenas reduziu os custos operacionais, mas também resultou em uma produtividade que supera a média regional. Enquanto a média no Cerrado mineiro é de 31 sacas de café por hectare, a Fazenda Três Meninas alcança 50 sacas. No Brasil, essa média é de 25 sacas por hectare.

    Leia também: São Pedro Recebe Projeto de Ancestralidade e Sustentabilidade em Terreiros

    Fonte: rjnoar.com.br

    Leia também: Agricultura Regenerativa: Benefícios para o Solo e Casos de Sucesso no Setor

    Fonte: feirinhadesantana.com.br

    Rodrigo Ribeiro Cardoso, diretor da Agrícola Whermann em Cristalina, Goiás, também relatou os desafios enfrentados pela sua empresa, que teve que diversificar cultivos devido a limitações em áreas produtivas. A Agrícola Whermann hoje cultiva aproximadamente 40 tipos de plantações, utilizando a chamada “ponte verde” entre elas. “Separar áreas para plantar braquiária e, depois, retornar ao cultivo de batata resultou em 40 toneladas de matéria orgânica por hectare. O aumento da produtividade compensou todo o manejo feito”, disse Cardoso, enfatizando que essa transição é um processo que requer mudança de mentalidade e tempo.

    A Integração de Atividades e Informações ao Consumidor

    Bruno Afonso, produtor de coco em Petrolândia, Pernambuco, compartilhou sua experiência com a integração entre coco e ovinocultura, usando esterco animal como adubo para reduzir custos com fertilizantes nitrogenados. Márcio Milan, vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), destacou que a conscientização do consumidor final é essencial para o sucesso da agricultura regenerativa.

    “As 30 milhões de pessoas que passam pelos nossos supermercados diariamente precisam entender as razões que justificam a diferença de preço entre os produtos, como o café”, comentou Milan. Suelma Rosa, vice-presidente de Assuntos Corporativos da PepsiCo América Latina, reforçou a importância da conexão em toda a cadeia produtiva, enfatizando que todos os participantes devem trabalhar juntos.

    Desafios e Oportunidades na Agricultura Regenerativa

    Alex Carreteiro, presidente de alimentos da PepsiCo no Cone Sul, apresentou a agricultura regenerativa como uma ferramenta primordial para o Brasil na luta contra as emissões de carbono. “Quando o solo se torna um sequestrador de CO2, a agropecuária poderá contribuir significativamente para a mitigação das emissões do país e, consequentemente, para as mudanças climáticas”, afirmou.

    Kadigia Faccin, professora da Fundação Dom Cabral, ressaltou que a construção da agricultura regenerativa é um esforço cooperativo, mas que enfrenta barreiras como a falta de apoio técnico e financeiro. Alessandra Fajardo, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), destacou a necessidade de reconhecer e estimular boas práticas entre os produtores que já estão se destacando nesse campo.

    Perspectivas Futuras para a Agricultura no Brasil

    Ludmila Rattis, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), também apontou que propriedades que migraram para insumos biológicos experimentaram melhorias na qualidade de vida das comunidades. Marina Piatto, do Imaflora, reforçou que a agricultura regenerativa começa com práticas como o plantio direto, mas se estende ao manejo da biodiversidade e ao uso eficiente dos recursos hídricos.

    A adoção em larga escala de métodos regenerativos pode ajudar a atender à crescente demanda por alimentos, ao mesmo tempo em que aborda a crise climática, segundo participantes do painel sobre como escalar essas iniciativas globalmente. Eduardo Cerri, professor da Esalq/USP, frisou que as práticas regenerativas não apenas aumentam a produtividade, como também tornam as culturas mais resilientes e reduzem custos. “Os agricultores que adotam boas práticas claramente se beneficiam”, concluiu.

    Incentivos e Políticas Públicas para o Futuro

    Marcello Brito, enviado especial da COP30, enfatizou a necessidade de criar incentivos para escalar iniciativas de agricultura regenerativa, referindo-se ao fato de que os agricultores recebem apenas uma pequena fração do que os consumidores pagam pelos alimentos. “É crucial oferecer suporte a médios e pequenos produtores, pois são eles que realmente precisam de ajuda”, afirmou.

    Jonathas Moreira Alencar, coordenador-geral do Ministério da Agricultura, reconheceu os avanços do Brasil em adotar boas práticas, citando políticas como o Plano Safra e o Renovagro, que visam financiar a agricultura de baixo carbono. O governo já firmou parcerias com instituições financeiras para restaurar áreas degradadas, visando oferecer R$ 32 bilhões em crédito para recuperar 40 milhões de hectares com potencial agrícola.

    Fabíola Zerbini, da Conexsus, sublinhou a importância dos pequenos produtores no movimento em prol da segurança alimentar e da preservação ambiental, destacando seu papel na transição para uma economia mais sustentável e de baixo carbono.

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