A Ousadia do Assalto ao Museu Mais Visitado do Mundo
Um audacioso assalto no Louvre, considerado o museu mais visitado do mundo, resultou no roubo de joias de valor inestimável por uma “gangue altamente organizada”. Segundo relatos, os criminosos podem ter causado danos irreparáveis aos artefatos furtados, gerando preocupações sobre a preservação de itens históricos que pertenciam à família real francesa do século XIX.
A operação, que durou apenas sete minutos, ocorreu no último domingo, quando a gangue conseguiu roubar cerca de 2.000 diamantes, incluindo um broche imperial. Dentre os itens levados, estavam uma tiara, um colar e brincos, todos integrantes do conjunto de safiras da Rainha Marie-Amélie, além do broche que pertenceu à Imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, adornado com impressionantes 2.438 diamantes.
Após o ocorrido, o Louvre foi fechado para uma reunião de emergência que contou com a presença do Ministro do Interior, Laurent Nunez, e da Ministra da Cultura, Rachida Dati, que debateram as falhas de segurança que permitiram a ação da gangue. A segurança do museu não conseguiu impedir o roubo, e a resposta da polícia ao alarme foi tardia, levantando questões sobre a eficácia dos protocolos de segurança.
Críticas à Segurança do Museu e Medidas a Serem Tomadas
O Ministro da Justiça, Gerald Darmanin, reconheceu em coletiva que a proteção do Louvre falhou em muitos aspectos, mencionando que as janelas e vitrines do museu eram vulneráveis e que não havia um número adequado de câmeras de segurança na área alvo da gangue. “Falhamos em apresentar uma imagem deplorável da França”, afirmou Darmanin, enfatizando a necessidade de melhorias nas medidas de segurança do icônico museu.
A promotora de Paris, Laure Bequeu, alertou que as “gangues altamente organizadas” podem estar atuando em conexão com colecionadores no mercado negro, potencialmente colocando os artefatos em risco de serem comercializados de forma ilegal.
No momento do assalto, aproximadamente às 9h30, milhares de turistas visitavam o Louvre, o que poderia ter facilitado a ação da gangue. Com rostos cobertos e utilizando rebarbadoras, os criminosos estacionaram suas scooters em frente à Galeria Apollo, onde estão expostas joias de Napoleão Bonaparte e sua esposa Josefina. Usando um elevador de carga, eles conseguiram acessar a galeria, que foi inaugurada pelo rei Luís XIV no século XVII.
O Impacto do Roubo e a Importância das Joias Roubadas
Durante o curto, mas eficaz assalto, a gangue fez furos nas janelas externas do museu e invadiu a sala de exposições Salle 705. O ataque culminou na abertura de duas vitrines, resultando no furto de nove peças da coleção de Napoleão e Josephine Bonaparte, conforme relatado pelo Le Parisien. Entre os tesouros roubados estava a Coroa Eugênia, que foi apresentada à Imperatriz Consorte em 1855 e que posteriormente foi vendida em leilão por US$ 13,5 milhões, antes de ser doada ao Louvre quatro anos depois. Hoje, essa coroa vale vários milhões de dólares, de acordo com a especialista Josie Goodbody.
Além da Coroa Eugênia, estima-se que a gangue também tenha levado um colar e um broche de valor incalculável da Salle 705. A ousadia do assalto deixou a segurança do museu em uma posição desconfortável, e a previsão é que as consequências desse ato criminoso gerem um debate intenso sobre a proteção do patrimônio cultural.
Por volta das 9h40, os integrantes da gangue fugiram do Louvre em suas scooters, desaparecendo na manhã parisiense, enquanto a polícia começava a chegar ao local. O evento não só abalou a segurança do icônico museu, mas também levantou questões sobre a preservação de artefatos que são verdadeiros testemunhos da história da França.
