Greve Histórica na Boeing Defense
Os trabalhadores da unidade da Boeing Defense em St. Louis decidiram rejeitar a mais recente proposta de contrato apresentada pela empresa, que previa um aumento salarial médio de 24% ao longo de cinco anos. Com essa negativa, a greve, já em curso há três meses, se estende, marcando a primeira paralisação na área de defesa em três décadas. Este movimento tem causado sérios impactos na principal linha de fabricação militar da Boeing.
“A Boeing afirmou que ouviu seus funcionários — a votação de hoje, no entanto, demonstra que não foi o caso”, declarou Brian Bryant, presidente internacional do Sindicato dos Trabalhadores da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), em um comunicado que anunciou o resultado da votação. Este sindicato representa 3.200 operários da fábrica e não realizava greve desde 1996, quando uma paralisação durou 99 dias.
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A situação gerou reações de senadores, incluindo Josh Hawley e Bernie Sanders, que criticaram a empresa. Além disso, a greve interrompeu a produção de diversos armamentos, incluindo o caça F-15EX, comprometendo as operações da Boeing no setor militar.
Os investidores aguardam mais esclarecimentos sobre as consequências financeiras dessa situação, especialmente quando Kelly Ortberg, CEO da Boeing, se manifestar durante a teleconferência de resultados programada para a próxima quarta-feira, dia 29. É importante lembrar que a disputa também é monitorada pelo sindicato que representa cerca de 19 mil engenheiros e técnicos da Boeing, cujo contrato está previsto para expirar em outubro do ano que vem.
Implicações da Greve no Setor Militar
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As consequências da greve já estão sendo sentidas, especialmente nas entregas dos jatos F-15 destinados à base da Guarda Nacional Aérea dos Estados Unidos, em Portland. Também há atrasos nas entregas internacionais previstas para o próximo ano, conforme apontou a analista Sheila Kahyaoglu, da Jefferies, em um relatório destinado aos clientes divulgado neste domingo.
O conflito trabalhista, que é o primeiro em aproximadamente 30 anos, tem sido tenso. O sindicato apresentou uma queixa por prática trabalhista desleal contra a Boeing, enquanto a empresa, com sede em Arlington, Virgínia, promove feiras de emprego e contrata trabalhadores substitutos na tentativa de mitigar os efeitos da greve.
Paralelamente, a Boeing está se preparando para incrementar sua força de trabalho com vistas à produção do caça furtivo F-47 na mesma região onde a greve acontece. Essa unidade é responsável por montar aeronaves de combate, como o F-15 e o jato de treinamento T-7, além de fabricar mísseis e munições. Estrategicamente, a divisão de defesa e espaço representa quase um terço da receita total da Boeing.
Com a situação ainda em desenvolvimento, os olhos do setor e os cidadãos permanecem voltados para as novas decisões que a empresa tomará nos próximos dias, assim como para as possíveis negociações entre o sindicato e a Boeing. As repercussões deste embate poderão influenciar não apenas a companhia, mas também o setor de defesa e a economia local como um todo.
